Leucemia infantil: detecção precoce e nutrição como aliados na luta contra o câncer

Descubra os sinais de alerta da Leucemia Infantil e como a nutrição correta ajuda no tratamento. Saiba o que comer e o que evitar para proteger os pequenos....
Leucemia infantil: detecção precoce e nutrição como aliados na luta contra o câncer
Andréia Santana | Especial para O Liberal

Leucemia Infantil: Detecção Precoce e Nutrição como Aliados na Luta Contra o Câncer

No universo da saúde infantil, a atenção redobrada e a informação precisa são armas poderosas. Em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil, mergulhamos em um tema sensível e de extrema importância: a leucemia infantil.

Este artigo, criado para você, leitor do “Receita Sem Fim“, busca desmistificar a doença, alertar sobre os sinais precoces e, claro, explorar como uma alimentação equilibrada e segura pode ser uma grande aliada no tratamento.

O Que Precisamos Saber Sobre a Leucemia Infantil?

A leucemia infantil, um tipo de câncer que afeta as células do sangue, é uma das principais preocupações na saúde de crianças e adolescentes. No Pará, os números da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) nos mostram uma realidade que exige atenção, apesar da diminuição de casos nos últimos anos.

É fundamental entender que a detecção precoce faz toda a diferença. Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de sucesso no tratamento. Mas como identificar os sinais da leucemia em meio a tantas outras doenças comuns na infância?

Sinais de Alerta: Fique Atento!

A oncologista pediátrica Alayde Vieira nos alerta para sinais que podem passar despercebidos, mas que merecem atenção especial:

  • Febre persistente: Mais de 15 dias sem causa aparente.
  • Cansaço e falta de vitalidade: A criança perde o pique para brincar e realizar atividades.
  • Manchas roxas ou vermelhas: Surgem sem motivo aparente ou após pequenos traumas.
  • Sangramentos: Nariz, gengivas ou em outros locais do corpo.
  • Palidez progressiva: A criança fica mais pálida do que o normal.
  • Aumento do volume abdominal: Barriga inchada sem explicação.
  • Perda de peso: Sem mudança na alimentação.
  • Dores: Localizadas que se espalham e não melhoram com analgésicos.
  • Irritabilidade: Mudança no comportamento da criança.
  • Vômitos e dores de cabeça: Principalmente aqueles que acordam a criança durante a noite.
  • Regressão no desenvolvimento: A criança perde habilidades que já havia conquistado.

Importante: Esses sinais podem ser confundidos com outras doenças, como a dengue. Por isso, a consulta regular com o pediatra é indispensável.

A Importância do Diagnóstico Precoce

A leucemia pode surgir de forma inesperada, mesmo com exames de sangue regulares. Por isso, a atenção dos pais e a expertise do pediatra são fundamentais para identificar qualquer alteração no hemograma que possa indicar a doença.

No Pará, a rede de atenção básica, através da Estratégia Saúde da Família (ESF), é a porta de entrada para identificar os sinais suspeitos. Havendo suspeita, o paciente é encaminhado para a triagem oncológica estadual e, posteriormente, para os hospitais de referência.

Nutrição: Uma Aliada Poderosa (e Cuidadosa)

Além do tratamento médico convencional, a nutrição desempenha um papel fundamental. Uma alimentação adequada pode fortalecer o organismo, reduzir os efeitos colaterais da quimioterapia e melhorar a qualidade de vida.

O Que Incluir na Dieta?

  • Alimentos ricos em antioxidantes: Frutas e vegetais coloridos (como laranja, brócolis e espinafre) ajudam a combater radicais livres, desde que devidamente higienizados ou cozidos.
  • Proteínas magras: Carnes brancas, peixes, ovos e leguminosas são importantes para a recuperação muscular.
  • Gorduras saudáveis: Abacate, azeite de oliva e oleaginosas fornecem energia.
  • Fibras: Cereais integrais contribuem para o bom funcionamento do intestino.

O Que Evitar? (Atenção Redobrada Aqui)

  • Alimentos ultraprocessados: Ricos em açúcar, gordura e sódio, prejudicam o sistema imunológico e podem agravar enjoos.
  • Bebidas açucaradas: Refrigerantes e sucos de caixinha podem causar inflamação.
  • Alimentos crus ou mal passados: A atenção aqui deve ser total. Carnes mal passadas, peixe cru (sushi), ovos com gema mole e até mesmo saladas e frutas cruas com casca podem conter bactérias. Durante o tratamento, o sistema de defesa da criança pode estar fragilizado, tornando difícil combater microrganismos que normalmente não fariam mal.

⚠️ Nota Importante sobre a Imunidade Baixa (Neutropenia): Durante a quimioterapia, é comum que a imunidade da criança baixe muito. Nessas fases, o médico pode recomendar que a criança coma apenas alimentos cozidos. Isso significa evitar temporariamente saladas cruas, sucos de frutas naturais não fervidos e frutas com casca fina. A regra de ouro é: Na dúvida, prefira alimentos bem cozidos, assados ou fervidos. Sempre confirme com a equipe de nutrição do hospital quais são as restrições atuais do seu filho.

Dicas Extras

  1. Ofereça refeições pequenas e frequentes para evitar enjoos.
  2. Estimule a criança a beber bastante água (filtrada e fervida) para manter-se hidratada.
  3. Consulte um nutricionista oncológico para orientações personalizadas.

O Tratamento e o Cuidado Integral

O tratamento da leucemia infantil é complexo, envolvendo quimioterapia, radioterapia e, às vezes, cirurgia. O oncologista clínico Rodnei Macambira ressalta a importância de ver o paciente como um ser humano completo. Ao compreender a criança além da doença, é possível oferecer um tratamento mais eficaz e humanizado.

Um Chamado à Ação

Neste Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil, reforçamos a importância da prevenção e do diagnóstico precoce. A leucemia é um desafio, mas com informação, atenção aos detalhes nutricionais e amor, podemos oferecer um futuro mais promissor para nossos pequenos guerreiros.


Nota importante: Embora este artigo tenha sido preparado com muito cuidado e base em fontes confiáveis, cada criança é única. As dicas de nutrição e saúde aqui compartilhadas não substituem a consulta com o pediatra ou oncologista. Sempre converse com a equipe médica responsável pelo tratamento antes de realizar alterações na alimentação.”

Fonte: https://www.oliberal.com

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